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Regulamentação ESG: como as mudanças propostas na União Europeia impactam empresas brasileiras

A regulamentação ESG (Environmental, Social and Governance) é um assunto com uma relevância cada vez maior em todo o mundo – especialmente na União Europeia (UE), que tem se destacado bastante nessa área. Em 2024, a UE aprovou uma nova diretiva sobre a due diligence em sustentabilidade corporativa, a CS3D (Corporate Sustainability Due Diligence Directive), que visa garantir que as empresas adotem práticas sustentáveis e respeitem os direitos humanos. Este artigo explora os impactos dessa regulamentação ESG para empresas brasileiras que fazem negócios com a Europa e como elas podem se preparar para atender às novas exigências.  

O que é a regulamentação ESG?

A regulamentação ESG é um conjunto de padrões que define se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada – o que corresponde aos três principais pilares ESG:

Environmental (Ambiental): práticas que minimizam o impacto ambiental, como a redução de emissões de carbono e a conservação de recursos naturais.

Social: medidas que garantem práticas justas e seguras para funcionários e comunidades, incluindo direitos humanos e condições de trabalho.

Governance (Governança): políticas de gestão corporativa que promovem transparência, ética e responsabilidade.

Atualmente, o assunto está em alta sobretudo porque as empresas, junto com órgãos governamentais, têm demonstrado cada vez mais preocupação com o futuro do planeta e da humanidade. Por isso, medidas que tragam uma cultura mais ética e preocupada com o meio ambiente e com as pessoas estão sendo propostas em corporações em todo o mundo, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Novas diretrizes da UE e seus impactos

A recente diretiva CS3D da UE estabelece requisitos rigorosos de due diligence para garantir que as empresas operem de maneira sustentável e respeitem os direitos humanos. Isso inclui a necessidade de auditar cadeias de valor para verificar a conformidade com padrões ESG, desde a extração de matérias-primas até a venda e marketing de produtos finais.

Impacto nas exportações brasileiras

A partir de 2027, empresas que fazem negócios com a UE precisarão provar que seus fornecedores respeitam direitos humanos e o meio ambiente, com aplicação de multas que podem chegar a 5% da receita para aquelas que não cumprirem as diretrizes. Isso inclui auditorias sobre práticas de desmatamento ilegal, trabalho análogo à escravidão e trabalho infantil. Empresas brasileiras de grande porte, com mais de mil funcionários e faturamento global acima de 450 milhões de euros serão obrigadas a auditar suas fornecedoras para garantir a conformidade com as novas normas ESG da UE. Para empresas menores, a implementação dessa diretiva começará se estenderá até 2029. Durante o evento Diálogos ESG CIVI-CO & C-More, especialistas discutiram as novas Normas Europeias de Relatórios de Sustentabilidade. Ana Luiza Prudente, COO do CIVI-CO, enfatizou a importância de debater práticas sociais, ambientais e de governança nas empresas, destacando a necessidade de um novo modelo de economia sustentável. Carolina Almeida Cruz, CEO da C-MORE, alertou que empresas brasileiras que desejam fazer negócios na Europa devem se adequar rapidamente às novas normas de governança corporativa europeias. Ela também destacou três pontos essenciais: Normas de Relato de Sustentabilidade (ESRS), Taxonomia de atividades econômicas sustentáveis e a Diretiva sobre Alegações Ambientais.

Como as empresas brasileiras podem se preparar para a nova regulamentação ESG da UE?

Implementação de sistemas de gestão de riscos ESG

As empresas devem integrar a devida diligência em suas políticas e sistemas de gestão de riscos, conforme exigido pelo artigo 7º da diretiva. Isso inclui identificar e avaliar impactos adversos reais ou potenciais em suas operações e nas de seus parceiros comerciais.  

Prevenção e mitigação de impactos adversos

Devem ser adotadas medidas para prevenir, atenuar e, quando necessário, remediar impactos adversos. Isso pode incluir a realização de auditorias regulares e a implementação de políticas de sustentabilidade eficazes.  

Comunicação e transparência

É essencial que as empresas comuniquem publicamente suas práticas de devida diligência e sustentabilidade. Conforme o artigo 16º da diretiva, isso deve ser feito por meio da publicação de declarações anuais detalhando as ações e os resultados relacionados às questões ESG.

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A regulamentação ESG da União Europeia representa um grande avanço na promoção de práticas empresariais sustentáveis e responsáveis e empresas brasileiras que desejam manter ou expandir suas operações no mercado europeu precisam se preparar para atender a essas novas exigências. Se você precisa se atualizar para acompanhar as mudanças do mercado, o 2i2 Institute pode te ajudar: conheça os nossos cursos preparatórios ESG e esteja pronto para enfrentar os novos desafios que nos levarão a um futuro melhor. Clique e obtenha mais informações!

Fontes:
https://www.conjur.com.br/2024-jul-21/dever-de-devida-diligencia-em-sustentabilidade-corporativa-avancos-do-esg-na-uniao-europeia/
https://civi-co.com/como-a-regulamentacao-esg-europeia-impacta-as-empresas-brasileiras/
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/uniao-europeia-aprova-mais-uma-lei-esg-que-impacta-exportacoes-brasileiras/